segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Pele negra exige cuidados diferenciados para encarar o verão

Pessoas que possuem pele negra têm uma vantagem em relação às pessoas mais claras na hora de se exporem ao sol: a alta quantidade de melanina, que funciona como um filtro solar natural, aumentando a resistência cutânea para algumas doenças, como câncer da pele. Mas isso não é uma desculpa para ter menos cuidado com proteção solar na praia. A dermatologista Ana Cristina Fasanella, da Clínica Dermatologia Fasanella, recomenda para as negras os mesmos cuidados que se tem com a pele clara, quanto à exposição ao sol. “É preciso estar atento aos horários de pico, usar bonés e utilizar o protetor solar com FPS 20, no mínimo", observa.

No verão, além dos cuidados redobrados por conta da exposição ao sol, é preciso ficar alerta ao aumento de cravos e espinhas, já que a pele negra costuma ser mais oleosa do que as demais. "Quando aparecerem os cravos e as espinhas, evite espremer a região, pois, durante a cicatrização, pode ocorrer um derrame de pigmento, resultando em manchas escuras", orienta da especialista. A médica recomenda, ainda, que a pele seja devidamente limpa, hidratada e protegida à base de protetor solar todos os dias, para evitar a formação de manchas.

No caso de aparecimento de manchas, deve-se observar a coloração. De acordo com Ana Cristina, se a mancha for clara é sinal de desidratação, o que significa que a hidratação dever ser intensificada. Capriche na aplicação de cremes após o banho, evitando água muito quente, banhos demorados com sabonetes esfoliantes e sol em excesso, sem a devida proteção. No caso da mancha ser escura, deve-se usar filtro solar de amplo espectro e FPS maior ou igual a 30, direto nas manchas, e cremes clareadores a base de ácido kójico à noite. “Sem qualquer proteção, a pele perde o brilho, tornando-se opaca e manchando facilmente”, avalia a dermatologista.

Por uma infância sem racismo

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Brasil comemora o Dia Nacional do Samba


Sinônimo de Brasil, assim como feijoada e caipirinha, o samba é um ritmo que resiste ao tempo. Nasceu na Bahia, na virada do século XIX para o XX, migrou para o Rio com os negros que foram para a Praça Onze e imediações, virou trilha sonora do Carnaval e pautou gerações de músicos. Além disso, desde 1929, quando o compositor Ary Barroso visitou pela primeira vez a Bahia, o gênero ganhou uma data própria. Homenageá-lo, no entanto, não é fácil. São muitos os bambas que desfilam em seus cordões, e é praticamente impossível mencionar todos eles.
Samba Carioca
A titulação das matrizes do Samba do Rio de Janeiro – samba de terreiro, partido-alto e samba-enredo – como Patrimônio Cultural Imaterial do Brasil, com inscrição no Livro de Registro das Formas de Expressão, foi aprovada pelo Conselho Consultivo do Patrimônio Cultural, órgão colegiado da estrutura administrativa do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).
Recôncavo Baiano
O Samba de Roda do Recôncavo Baiano – uma das mais importantes e significativas expressões musicais, coreográficas, poéticas e festivas da cultura brasileira – teve a sua inscrição no Livro de Registro das Formas de Expressão em outubro de 2004. No ano seguinte ele foi proclamado Obra-Prima do Patrimônio Oral e Imaterial da Humanidade pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco).

UNICEF CRIA BLOG ESPECIAL PARA CAMPANHA CONTRA O RACISMO NA INFÂNCIA

Em um Mundo de Diferenças, Enxergue a Igualdade. Esse é o tema da campanha lançada hoje (29), pelo Ministério da Educação (MEC) e a Unicef, para alertar sobre o impacto do racismo nas escolas e promover iniciativas para a redução das desigualdades. Dados do IBGE mostram que, das 530 mil crianças entre 7 e 14 anos fora da escola, 330 mil são negras. O índice representa 62% do total. Para a subsecretária de Promoção dos Direitos da Criança e do Adolescente, Carmen Oliveira, a iniciativa é um "puxão de orelha na sociedade em geral e nos responsáveis pelas políticas públicas para o setor", porque chama a atenção para a criminalização da adolescência negra no país.

Sob o título Minha ação contra o racismo na infância, o Unicef cria Blog como parte da campanha, para dar visibilidade às ações e aos projetos que ajudem a assegurar o respeito e a igualdade étnico-racial desde a infância. Você pode compartilhar sua história, de seu projeto em uma escola, na comunidade ou em seu município, ou contar como uma idéia simples e criativa fez a diferença na vida de crianças e/ou adolescentes.

Acesse o Blog : http://www.infanciasemracismo.org.br/minha-acao-contra-o-racismo/&gt.

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Aberta a Semana da Consciência Negra de Blumenau.



Foi aberta oficialmente na noite de sábado (20) a Semana da Consciência Negra de Blumenau. O evento aconteceu no Clube Blusoccer  e contou com  roda de samba agitada pelos grupos Confraria do Samba e Fala Malandro.
“Nesta semana paramos para comemorar e para refletir”, lembra Lenilso Luis da Silva, que coordena a Semana da Consciência Negra. As comemorações acontecerão através das mais diversas formas de expressão cultural. A reflexão também acontece por que, apesar de todos os avanços já conquistados, ainda existem poucos negros em cargos de destaque nas empresas, nas universidades ou na política. O mercado de trabalho exclui os trabalhadores negros. “Mas, a exemplo de Cruz de Souza, Antonieta de Barros e Zumbi dos Palmares, nós também temos a nossa resistência. Os sacrifícios realizados não foram em vão. Trazemos em nosso coração o sonho da liberdade e da igualdade”, sustentou Lenilso.
Carlos Silva diretor do Cisne Negro e Membro do Grupo Confraria do Samba destacou que o momento também era de saudar a iniciativa do Cisne Negro na organização da Semana. “Essa é uma conquista. Blumenau dá passos largos em direção à democracia social e racial”, concluiu. Carlos lembrou também que o movimento negro comemorava o 13 de maio, mas ele tinha uma conotação de concessão, de benesse do governo aos negros, apesar de ter sido conquistado após muitos anos de resistência. O 20 de novembro, por outro lado, é uma alusão ao dia da morte de Zumbi dos Palmares, que é símbolo da luta pela liberdade. Em 2003, a data foi oficializada pelo presidente Lula como o dia da Consciência Negra.
A programação vai até o dia 27, com Ciclo de Debates, Seminários, apresentação de Capoeira,maracatu, hip-hop, exibição de Filmes, Ciranda Afro e Panfletagem. As atividades são gratuitas.

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

É Hoje: Abertura da Semana da Consciência Negra de Blumenau


O Movimento de Consciência Negra de Blumenau – CISNE NEGRO abre hoje, às 19h, a Semana da Consciência Negra 2010. Uma roda de samba com os grupos Confraria do Samba e Fala Malandro abrem as comemorações, no Clube Blusoccer Espaço Cultural (Rua 25 de Julho, bairro Fortaleza - próximo a danceteria Rivage).
A programação vai até o dia 27, com Ciclo de Debates, Seminários, apresentação de Capoeira,maracatu, hip-hop, exibição de Filmes, Ciranda Afro e Panfletagem. As atividades são gratuitas.

Semana da Consciência Negra: Cisne Negro é destaque em jornal

Publicação do Jornal Folha de Blumenau: http://www.folhadeblumenau.com.br/site/noticia.php?noticia=10870&url=noticia.php?noticia=10870

Comemorado neste sábado (20), o Dia Nacional da Consciência Negra será celebrado em Blumenau com manifestações que remontam a cultura africana, a trajetória e as conquistas da população negra, além de reivindicações por ações sociais. Para reunir as comemorações, o movimento de conscientização Cisne Negro criou a Semana Municipal da Consciência Negra. A abertura será neste sábado, às 19h, no espaço cultural Blusoccer, na rua 25 de julho, na Fortaleza.

O primeiro encontro da semana comemorativa será marcado pela roda de samba com os grupos “Confraria do Samba” e “Fala Malandro”. A programação, no entanto, estende-se até o dia 27, com debates, seminários, apresentações de capoeira, maracatu, hip-hop, exibição de filmes e panfletagem. A intenção é manter vivos os elementos da cultura negra na cidade de colonização alemã. A participação nos encontros é gratuita.

O presidente do movimento de conscientização Cisne Negro, de Blumenau, Lenílso Luis da Silva, garante que o fato de a cidade ter predominância de cultura germânica causa inibição em determinadas manifestações negras. Em função disso, os encontros vão servir para celebrar a cultura, mas também cobrar ações sociais e políticas públicas para negros. “Blumenau é germânica, é italiana, mas também é negra”, destaca.

Quem quiser conferir a programação completa da Semana da Consciência Negra pode acessar o blog do movimento (www.movimentocisnenegro.blogspot.com).

Sobre a celebração

O mês de novembro é consagrado por ser o mês da Consciência Negra. No dia 20, escolhido pelo simbolismo e por ser a data da morte de Zumbi dos Palmares, a discussão sobre a libertação e a valorização dos saberes africanos ganha força no contexto nacional. A imagem de Zumbi serve de inspiração para as defesas dos direitos da população negra.

Artigo: Dia de Consciência Negra

O sistema escravagista instalado no Brasil foi uma forma extrema de exploração da espécie humana por membros da mesma espécie, fazendo do semelhante uma propriedade. Todavia, os primeiros sinais de resistência surgiram ainda nos navios. Foram registradas várias revoltas, como a do navio L’Africain, em 1738.

A prática de aborto, para não dar à luz um filho escravo, o suicídio e a greve de fome foram recursos de resistência que prejudicavam os senhores do regime escravagista brasileiro. Outra forma de resistência eram as fugas, as quais deram origem aos quilombos. O mais conhecido deles foi o de Palmares, verdadeiro sistema de produção alternativo à sociedade colonial, que resistiu por quase 100 anos.

Após a “abolição”, o povo negro continuou resistindo à dominação. Um exemplo foi a Revolta dos Marinheiros Negros, liderada por João Cândido em 1910. Pela cultura também houve resistência. Caso das organizações carnavalescas, como o Afoxé Filhos de Gandhi, em Salvador, de 1949, ligado às greves dos estivadores do Porto de Salvador. Esses irmãos eram trabalhadores organizados na Bahia.

Entretanto, donde vinha a força para resistir até a morte? Uma das fontes dessa força foi, sem dúvida, a religião. Mais especificamente do Candomblé. Sempre houve uma íntima ligação entre o Candomblé e as lutas de resistência do povo negro. Muitas histórias de formação de quilombos na Bahia estão ligadas à constituição de um terreiro, solo sagrado.

O espaço do candomblé é a natureza. É uma religião ligada à terra. Celebrar a comunhão com os orixás é receber a “axé” (força) da natureza para resistir e contra qualquer sistema opressor que negue vida, justiça, pão, universidade, paz e liberdade. Participar do terreiro é assumir o compromisso com a luta pela libertação. E hoje esse terreiro engloba toda a Terra, que mesmo ferida pelo modelo econômico que vigora, permanece, com a ternura e beleza de Yemanjá, a Mãe sempre pronta para amamentar seus filhos e filhas. Axé!

CÉLIO RIBEIRO|Padre e professor universitário 

Fonte: http://www.clicrbs.com.br/jsc/sc/impressa/4,182,3115443,15935

Semana da Consciência Negra: Cisne Negro participa da entrega da comenda Zumbi



Em razão do Dia Nacional da Consciência Negra o vereador João José Marçal homenageou Onésio Astor David, de 46 anos, que há 26 trabalha na Polícia Militar de Santa Catarina. “Além de ser um servidor extremamente capaz e eficiente, uma de suas qualidades é o alto grau de companheirismo com seus colegas de trabalho”, contou o progressista. O sargento, na oportunidade, afirmou: “Tenho orgulho de ser negro. Respeitando as diferenças entre as pessoas, vamos engrandecer nossa nação”.
Lenilso Silva utilizou o momento disponibilizado na tribuna durante a entrega da comenda para divulgar a Semana da Consciência Negra, que serve para destacar a importância da cultura negra na cidade. Ele lembrou que além da tradição germânica, Blumenau é formada por outras culturas e que todas devem ser valorizadas. “É importante que todos os grupos sociais queiram fazer da cidade um espaço mais democrático e de todas as culturas”, salientou. Lenilso informou que a abertura da semana será dia 20 de novembro, no bairro Fortaleza. “A semana terá a participação do grupo Confraria do Samba, ciclo de debates, rodas de capoeira e a participação do Maracatu”, informou. Ele lembrou que o combate ao racismo já avançou com a criação da Secretaria Nacional de Combate ao Racismo e de leis que garantam a inclusão e a defesa dos negros.
 
Comenda Zumbi dos Palmares

Uma Sessão Solene para a entrega da Comenda de Mérito Zumbi dos Palmares faz alusão ao Dia Nacional da Consciência Negra. A data foi escolhida por ser o dia da morte de Zumbi dos Palmares, o maior símbolo da resistência negra contra a escravidão. A honraria é entregue a personalidades que realizaram relevantes trabalhos no combate à discriminação racial.

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Semana Municipal da Consciência Negra tem programação até 27 de novembro


O Movimento de Consciência Negra de Blumenau – CISNE NEGRO realiza de 16 e 27 de novembro a Semana da Consciência Negra 2010.
A abertura oficial vai acontecer sábado , 20, às 19 horas, no Clube Blusoccer Espaço Cultural, na rua 25 de julho bairro: Fortaleza próximo a danceteria Rivage. A abertura contará com roda de samba com os grupos Confraria do Samba e Fala Malandro. A programação segue com diversas atrações até o próximo dia 27, reserve na sua agenda.

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Começa a Semana Municipal da Consciência Negra em Blumenau



O Dia Nacional da Consciência Negra é no dia 20 de novembro, mas as comemorações em Blumenau, já começaram com a Semana Municipal da Consciência Negra.
A abertura acontecerá neste sábado (20), às 19 horas, no Clube Blusoccer Espaço Cultural, na  rua 25 de julho bairro: Fortaleza próximo a danceteria Rivage. A abertura contará com roda de samba com os grupos Confraria do Samba e Fala Malandro
A programação vai até o dia 27, com Ciclo de Debates, Seminários, apresentação de Capoeira,maracatu, hip-hop, exibição de Filmes, Ciranda Afro e  Panfletagem. As atividades são gratuitas. Convite anexo.

O que é Semana da Consciência Negra?
O mês de novembro é consagrado como o mês da Consciência Negra. E o dia 20 uma data escolhida pelo seu simbolismo, por ser o dia da morte de Zumbi dos Palmares. A luta pela liberdade e valorização dos saberes africanos se reporta aos mais de 500 anos da diáspora africana nas Américas. A atuação do Movimento Negro em torno da imagem de Zumbi como símbolo nacional e da data de seu assassinato como um marco para a formação da identidade afro-brasileira fortalece a luta e a resistência do povo negro em Blumenau e no Brasil

Mais informações: 47- 8853-3811 - lenilso13@uol.com.brwww.movimentocisnenegro.blogspot.com

segunda-feira, 28 de junho de 2010

COTAS: JUSTAS E NECESSÁRIAS!

PRESIDENTE LULA RECONHECE TERRITÓRIO QUILOMBOLA EM SC

 A Comunidade Quilombola de Invernada dos Negros, a mais antiga de Santa Catarina, teve seu território reconhecido pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O decreto foi publicado no Diário Oficial da União desta sexta-feira (18/6) e declara de interesse social, para fins de desapropriação, os imóveis situados na área de quase 8 mil hectares, nos municípios de Abdon Batista e Campos Novos, na região  serrana do estado.  A desapropriação é mais um passo em direção à titulação definitiva do território.
Em conformidade com o Decreto nº 4887, os procedimentos de identificação e reconhecimento de Invernada dos Negros tiveram início em 2004. A origem da comunidade remonta ao ano de 1877, quando negros libertos e escravizados herdaram a propriedade. Hoje, a área é ocupada por 87 famílias, inseridas no Programa Brasil Quilombola, coordenado pela Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (SEPPIR) que articula na comunidade ações como construção de moradias, energia elétrica, saneamento básico e Bolsa Família.
“Este gesto do presidente Lula é emblemático, pois finalmente, passados dois séculos, significa o reconhecimento de um direito e o compromisso do Governo com a luta e resistência quilombola”, comemorou o secretário-adjunto da SEPPIR, João Carlos Nogueira.
De acordo com o Instituto Nacional de Colonização e Reforma  Agrária (INCRA), em Santa Catarina há sete processos de regularização de áreas quilombolas já constituídos e outros seis territórios já identificados.

COMUNICAÇÃO/ SEPPIR

ESTATUTO DA IGUALDADE RACIAL DEVE SER DEFENDIDO

  Por Edson França
A aprovação do Estatuto da Igualdade Racial, PL de iniciativa do Senador Paulo Paim (PT/RS), inaugura um novo paradigma de enfrentamento ao racismo no rasil, ao invés de privilegiar a criminalização da prática focando medidas na relação interpessoal, com a transformação do ato em contraversão, como a revogada Lei Afonso Arinos, ou criminalizando conforme inciso XLII do artigo 5 da Constituição Federal e seu complemento na Lei 7.716/1989 conhecida como Caó, opta-se pela promoção social dos negros brasileiros. Dessa forma, o Estatuto tende a confrontar com o principal objetivo e conseqüência do racismo; que consiste em, através de um discurso ideológico com base na naturalização da desigualdade e no ódio, hierarquizar grupos sociais étnicos e racialmente diferentes, contribuir com a legitimação do direito a concentração e fruição das riquezas socialmente produzidas nas mãos de poucos, de uma minúscula elite branca, ao tempo que produz exércitos de pobres e miseráveis.

Em palavras mais simples, o racismo, na atualidade, é um instrumento de poder, serve exclusivamente ao capitalismo, por isso qualquer medida de combate que foca o indivíduo e ignora a estrutura e as relações sociais coletivas, está fadada ao fracasso – o Brasil, com a experiência de implantação das leis antirracismo, tradicionalmente direcionada ao sujeito diretamente relacionado com a prática racista, acumulou exemplos que sustentam essa afirmação.

Trajetória e principais impasses

A vitória do Estatuto da Igualdade Racial exigiu dez anos consecutivos de luta política, contrapondo permanentemente o movimento negro com os pensamentos mais reacionários na sociedade brasileira, capitaneados pelo DEM, legítimo representante dos senhores de engenho, conforme afirmação de Claudio Lembo, ex-governador de São Paulo. Enfrentou, também, vários agentes políticos, representantes de uma diversidade de interesses, somados dão a dimensão da complexidade e tamanho do Brasil. O primeiro inimigo do movimento negro e do Estatuto da Igualdade Racial foi o governo FHC, teve como arma a omissão, o não enfrentamento e esvaziamento do debate político, a tergiversação e a negação de qualquer medida para promover socialmente a população negra. Resultado. Durante todo período FHC o Estatuto da Igualdade Racial ficou na geladeira, ou seja, não houve debate e trâmite do mesmo no Congresso Nacional.

Na era Lula, iniciada em 2003, abre o debate sobre a igualdade racial e o Estatuto da Igualdade Racial entra na pauta da política da nação. Imediatamente as grandes empresas de comunicação se posicionaram contra, mais que se posicionarem, o grupo Abril Cultural através da revista Veja, a Folha de São Paulo, O Estado de São Paulo, as Organizações Globo, Rede Bandeirantes e os principais órgãos regionais militaram contra a aprovação do Estatuto da Igualdade Racial, chegando ao absurdo de assediarem parlamentares, com ameaças subliminares, em caso de aprovação da Lei. Intelectuais orgânicos do conservadorismo brasileiro, capitaneados por Demétrio Magnóli, Yvonne Maggie, Peter Fry subsidiaram a reação com argumentos pautados num grotesco revisionismo histórico e numa retórica profundamente anticientífica no ponto de vista sociológico. Com apoio político da grande mídia e dos 113 intelectuais que assinaram em 30 de maio de 2006, a Carta Pública ao Congresso Nacional, conhecida como Manifesto dos Contras as Cotas e o Estatuto da Igualdade Racial, o DEM se constituiu no principal impasse ao projeto, apesar de perderem o debate, atrasaram sobremaneira a evolução e comprometeram em grande medida a qualidade do Estatuto da Igualdade Racial.

Somadas a essas dificuldades impostas pela mídia, pelo DEM e por uma minúscula parcela da intelectualidade acadêmica, que disputaram no Congresso Nacional e na sociedade, durante os dez anos de tramitação, o destino do Estatuto da Igualdade Racial, sempre com objetivo de negá-lo na totalidade ou nos pontos mais substanciais. Grupos de interesses no Congresso, por diversos motivos, também atuaram na contramão da qualidade do Estatuto da Igualdade Racial. O mais contundente e organizado foi o dos ruralistas. Liderados pelo deputado Onyx Lorenzone (DEM/RS), interceptaram pontos substantivamente importantes, como a recusa em atender pleitos para as comunidades remanescentes de quilombos. Mais de 3.500 comunidades quilombolas espalhadas em todo território nacional foram prejudicadas, saindo vitoriosa a grilagem e o latifúndio, embora o Estatuto reconheça que os quilombolas devem ter tratamento diferenciado pelo poder público.

Outros pleitos importantes foram suprimidos do texto, dentre eles cabe destacar: as cotas na educação, no mercado de trabalho, nas candidaturas partidárias e nos meios de comunicação; na saúde, rejeitou a pactuação entre os entes federativos (União, estados e municípios), de um plano de execução de saúde integral da população negra. Todo processo de inanição promovido nas versões do Estatuto da Igualdade Racial ocorre sobre enorme dificuldade de reação do movimento negro. Nos últimos anos o movimento negro não organizou pressão, não mobilizou massa social favorável ao Estatuto, por isso não assumiu a interlocução com o parlamento, seus interesses foram defendidos pelo governo, através da Secretaria Nacional de Promoção da Igualdade Racial – SEPPIR, a despeito de todo esforço, na reta final, houve descompasso entre a sociedade civil e governo nas avaliações do mérito do Estatuto. As supressões somadas, especialmente as cotas e as medidas voltadas aos quilombolas, enfraqueceram o Estatuto da Igualdade Racial e criaram impasses no interior do movimento negro, com a quebra da unidade de sua defesa. Há setores resistindo a formulação resultante, por considerar inócuo em direitos objetivos o Estatuto aprovado. Com certeza o Estatuto receberá emendas a partir da próxima legislatura.

Verdadeira qualidade do Estatuto aprovado

O primeiro mérito do Estatuto da Igualdade Racial é derrotar definitivamente o mito da democracia racial entranhado nas instituições públicas brasileiras e iniciar sua construção na prática. Através dele, o Estado reconhece que a desigualdade social pesa negativamente sobre a população negra, reconhece que o racismo é um elemento construtor de desigualdade e reconhece a necessidade de implantar políticas públicas para superar as desigualdades sociais, educacionais e econômicas no seio do povo brasileiro. Num país que sempre negou suas imperfeições, se recusou a mudar, naturalizou o fosso social que separa pobres e ricos, negros e brancos, uma lei que estabelece resgate de direitos demonstra grande evolução civilizatória.

Embora o Estatuto aprovado não seja o estatuto dos sonhos e das necessidades do movimento negro, da população negra e do Brasil, ele se constitui numa Carta positiva para o combate ao racismo e para a promoção social da população negra. Ajuda a colocar o Brasil na dianteira entre os países que têm enfrentado desigualdades ou conflitos raciais e aumenta a responsabilidade do povo brasileiro, por se tratar de uma lei discutida com a nação e aprovada à luz do dia, com o máximo de transparência. O Estatuto da Igualdade Racial precisa ser mais bem compreendido, sua correta interpretação tem que ser assumida como uma questão de alta relevância para o movimento negro, o discurso da inocuidade serve aqueles que não desejam e nunca desejaram uma lei nessa magnitude.

Mesmo com as omissões imposta pelo DEM, há indicações que o eleva entre as principais leis sociais brasileiras. Define e obriga a implantação de ações afirmativas na educação. Com isso, supera a Ação de Descumprimento de Preceito Fundamental - ADPF contra as cotas, que tramita no Supremo Tribunal Federal – STF, sob a provocação do DEM. Abre condições para Executivo implantá-la através de decretos, portarias ou instruções normativas, de modo que, após a sanção do Estatuto da Igualdade Racial, a implantação de cotas na educação depende de um ato administrativo da autoridade competente. Assim, o Estatuto atende a principal reivindicação do movimento negro brasileiro, sua integral implantação e abre as janelas para alcançarmos efetiva democracia racial, considerando que o Estatuto da Igualdade Racial não é um barco a deriva, o Brasil é terra fértil em iniciativas para promoção da igualdade racial, terreno onde o Estatuto se somará e assentará.

Principais medidas previstas pelo Estatuto da Igualdade Racial


Além de reiterar medidas reconhecidas legalmente, como a posse definitiva das terras quilombolas e o ensino da história da África e da cultura afrobrasileira, o Estatuto prevê:
  • Obriga adoção de ações afirmativas na educação (art. 15);
  • Cria estímulos para ação socioeducativa realizada por entidade do movimento negro (inciso II do art. 10 e parágrafo 3 do art. 11);
  • O poder público promoverá ações que assegurem igualdade de oportunidade no mercado de trabalho e estimulará por meio de incentivos medidas iguais pelo setor privado (art. 39 e parágrafo 3 do mesmo artigo);
  • Prevê acesso nos meios de comunicação para divulgar as religiões de matriz africanas (inciso VII do art. 24);
  • Prevê ampliação do acesso a financiamento para comunidades negras rurais (art. 28);
  • Em políticas agrícolas, prevê tratamento especial e diferenciado aos quilombolas (art. 33);
  • Determina que os agentes financeiros públicos ou privados promovam ações para viabilizar acesso dos negros a financiamentos habitacionais (art. 37);
  • Exige a presença de negros nos programas televisivos e cinematográficos – embora não estabeleça percentual (art.44);
  • O poder público incluirá cláusula de participação de negros nos contratos de realização dos filmes ou qualquer peça publicitária (art.46);
  • • Cria o Sistema Nacional de Promoção da Igualdade Racial – SINAPIR (todo o título III do Estatuto);
  • A capoeira passa a ser considerada desporto, obrigando o governo destinar recursos para a prática (art. 20 e art. 22);
  • Libera assistência religiosa nos hospitais aos seguidores dos cultos de matriz africana. (art. 25);
  • Prevê o financiamento das iniciativas de promoção da igualdade racial (art. 56 e art. 57)

PRESIDENTE DO CISNE NEGRO É MEMBRO DO FIPPIR

O Presidente do Cisne Negro foi convidado a fazer parte do Fórum Inter-governamental de Promoção da Igualdade Racial (FIPPIR). O Fórum Intergovernamental de Promoção da Igualdade Racial (FIPIR), que promove uma ação continuada entre as três esferas de governo (federal, estaduais e municipais) com a finalidade de articular, capacitar, planejar, executar e monitorar ações de promoção da Igualdade Racial. Os estados e municípios participantes do FIPIR têm prioridade na alocação dos recursos oriundos dos programas desenvolvidos pela SEPPIR e os ministérios parceiros em suas iniciativas.
o II Encontro da Região Sul de Gestores do FIPIR, será realizado no próximo dia 1º de Julho na Prefeitura Municipal de Criciúma, com o objetivo de apresentar o planejamento de ações de Promoção da Igualdade Racial de cada Estado e receber informações dos programas e projetos da SEPPIR.



Abertura: 01/07/2010 às 20h.
Local: Prefeitura Municipal de Criciúma
Endereço: Rua Domenico Sonego nº542 - Santa Bárbara
Cep: 88804-050

PROGRAMAÇÃO - 02/07/2010

8h30min – Informes Gerais
9h – Apresentação dos planejamentos
10h30min – Programas e projetos da SEPPIR. (SUBPAA)
12h – Almoço
14h – Retorno.
16h – Coffee Break
18h – Encerramento.

CISNE NEGRO REPRESENTA BLUMENAU NA II CONAES


A necessidade de construir um marco legal para o setor foi destacada por representantes de governo e da sociedade civil, durante solenidade de abertura.
Celebrar os avanços e, ao mesmo tempo, discutir os caminhos da economia solidária no Brasil são os principais desafios da II Conferência Nacional de Economia Solidária, destacou Paul Singer, Secretário Nacional de Economia Solidária, durante a solenidade de abertura, realizada na manhã desta quarta-feira, 16 de junho, em Brasília.
A realização de conferências nacionais, destacou Singer, é uma forma de garantir a participação popular no governo capaz de superar as limitações da democracia participativa. Em sua avaliação, as conferências têm se relevado canais de aproximação efetiva entre governo e população, engendrando uma relação viva e cálida. Destacando o importante momento vivido pela economia solidária no Brasil, comemorou: “A II Conaes tem simplesmente o dobro da outra conferência, realizada em 2006”.
“Desde 2003, avançamos bastante, mas o Brasil tem condições de fazer muito mais”, avaliou Arildo Mota, representando os Empreendimentos Econômicos Solidários. Se, de um lado, lembrou de conquistas como o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) – que garante a aquisição, pelas escolas, de produtos da agricultura familiar –, assinalou que ainda se está por criar um sistema público de economia solidária, que contemple o estabelecimento de um fundo público nacional.
Os delegados da II Conaes, afirmou Lenilso Luis da Silva , Presidente do CISNE NEGRO, têm a tarefa de realizar um balanço das iniciativas desenvolvidas até agora, bem como de organizar a pauta do setor para o próximo período. Destacando a realização, desde 2003, de 70 conferências nacionais, bem como a criação e reestruturação de diversos conselhos nacionais, o Secretário enfatizou a importância da II Conaes e seu potencial de incidir nas políticas públicas. “Nenhuma política pública realizada de 2003 pra cá virou as costas para as conferências”, concluiu.

NOSSA HISTÓRIA

A Editora Casa Aberta convida os amigos para o lançamento do livro: Negros em Itajahy- Da invisibilidade à visibilidade: mais de 150 anos de história, no próximo dia 03 de junho. O livro é um convite ao conhecimento pleno dos atores negros presentes na história e construção da cidade de Itajaí. Os autores Moacir da Costa e José Bento Rosa da Silva, numa linguagem objetiva, fluente e precisa, descortinam o palco da vida real de Itajaí e revelam protagonistas que jamais tinham saído da penumbra das coxias da história.
 

quinta-feira, 29 de abril de 2010

CISNE NEGRO VAI A BRASÍLIA DISCUTIR ECONOMIA SOLIDARIA


Aconteceu nos dias 23 e 24 de abril na cidade de Lages, II Conferência Estadual de Economia Solidária, com o tema “Pelo Direito de Produzir e Viver em Cooperação de Maneira Sustentável”. traz para o estado uma importante discussão: a consolidação e o fortalecimento regional da Economia Solidária.
A Economia Solidária, como diz seu lema “Outra economia acontece”, é uma maneira diferente de produzir, distribuir e comercializar bens e ofertar serviços, através da prática da autogestão democrática, da valorização do trabalho humano e do respeito ao meio ambiente com o objetivo de geração de renda e desenvolvimento social sustentável.
A Conferência em santa Catarina realizou-se graças ao esforço do Fórum Catarinense de Economia Solidária com apoio da Superintendência Regional do Trabalho e Emprego, Delegacia Federal do Ministério do Desenvolvimento Agrário em função de não haver envolvimento e convocação por parte do Governo do Estado.
O Presidente do CISNE NEGRO, Lenilso Luis da Silva, delegado para participar da etapa nacional “As conferências são um instrumento de participação e controle social, o Governo Lula tem chamado o Movimentos Sociais para ajudar a fazer do Brasil ainda melhor, lamentamos que o Governo do estado esteja na contra-mão das políticas nacionais e negue esse importante espaço de mudança social que são as conferencias” dispara Lenilso.

FEIJOADA DE SALVE JORGE FECHA SEMANA DAS RELIGIÕES DE MATRIZES AFICANAS



Em um ambiente familiar, agradável e muito divertido, aproximadamente trezentas pessoas prestigiaram no último sabado (24), a Feijoada Salve Jorge, organizada pela Casa de Caridade Baiano Zé Pilintra e Caboclo Tupinampá e pelo CISNE NEGRO.
A feijoada arrancou elogios de todos os presentes, um público exigente que sabe o que é bom. “Todos estão de parabéns, está feijoada é está ótima, nunca comi outra igual”, é o que afirma o senhor Telma Regina da Silva , que levou toda a família para o almoço.
A produção musical ficou por conta da banda Confraria do Samba, com um repertório baseado Samba e MPB (Música Popular Brasileira), com pagode.
A Feijoada encerrou a Semana das Religiões de Matrizes Africanas que teve como objetivo “discutir os problemas enfrentados pelos adeptos das religiões de matrizes africanas, que têm, sistematicamente, sido vítimas, em suas sedes, de desrespeito e discriminação por parte de vizinhos e autoridades policiais e promover o debate em torno da diversidade racial”

MOVIMENTO NEGRO APRESENTA PROJETO QUE TRATA DO BULLING


O Bullying é um tipo de violência, verificada principalmente nas escolas entre grupos de alunos, que consiste principalmente em agressões psicológicas mas também chegando a agressões físicas.
Com a intenção de erradicar esta situação em nossa cidade o Movimento de Consciência Negra de Blumenau – CISNE NEGRO, apresentou para o Vereador VÂNIO FRANCISCO SALM (PT), o Projeto de Lei que propõe o desenvolvimento de políticas antibullying em toda rede municipal de ensino de Blumenau. “Precisamos combater e erradicar esse tipo de humilhação e intimidação entre os estudantes, pois isso gera conseqüências psicológicas muito grandes, levando muitas vezes à desistência do aluno para com seus estudos, podendo ocasionar ainda atitudes mais radicais, levando ao suicídio ou a massacres dentro de escolas e universidades” relata Lenilso, presidente do CISNE NEGRO.
Um exemplo de conseqüência da prática do bullying, aconteceu nos EUA em janeiro deste ano, em que uma menina de 15 anos, que estava sendo alvo de humilhações por parte de colegas, cometeu suicídio, e em uma firme resposta , a promotora responsável pelo caso naquele país, indiciou, no dia 31 de março, nove colegas da jovem por “infernizarem” sua vida, o que acabou resultando em uma atitude radical.
Para o Vereador Vanio que acolheu a solicitação do CISNE NEGRO, “Vânio considera que o projeto anti-bullying é um projeto que vem atender as necessidades sócio-educativas de nossas crianças e adolescentes, que sofrem com violências físicas, sociais e psicológicas geradas dentro e fora dos portões das escolas. Muitas vezes o que parece inofensivo para um grupo de crianças e ou adolescentes, pode ter conseqüências psico-sociais graves como medo, pânico, depressão, distúrbios psicossomáticos e geralmente evitam retornar à escola.”.
O Projeto tramita nas comissões internas da Câmara Municipal de Blumenau

quinta-feira, 22 de abril de 2010

CISNE NEGRO USA A TRIBUNA PARA DIVULGAR SEMANA

A 1ª Semana das Religiões de Matrizes Africanas de Blumenau foi divulgada no momento da presidência pelo representante do Movimento Cisne Negro, Pepe Sedrez.
"O evento está instituído e incluído no calendário oficial, conforme a lei aprovada pelo Executivo", afirmou. A abertura oficial da semana será hoje, às 19h no auditório do bloco T da Furb e seguirá com programação até sábado, às 11h30, quando será promovida uma feijoada. Sedrez informou ainda, que serão realizadas exposições, apresentações de grupos de maracatu, ciclos de debates e simpósios.

NÃO PERCA: SÁBADO TEM FEIJOADA SALVE SÃO JORGE

Prosseguem as atividades da 1º Semana das Religiões de Matrizes africanas, no próximo sábado, 24 de abril, a partir das 11:30 horas, será servida uma deliciosa feijoada Salve Jorge, na Casa de Caridade Baiano Zé Pilintra e Caboclo Tupinampá, Rua Reinoldo Schroeder nº 11099 – Encano Alto.
O som ficará por conta da banda Confraria do Samba, que fará o povo mexer o esqueleto. Você esta convidado, será vendido no local a feijoada no valor de R$ 20,00 e de brinde você leva uma belíssima camiseta.

AXÉ: MAIS DE 100 PESSOAS PRESTIGIARAM A ABERTURA DA 1º SEMANA DAS RELIGIÕES DE MATRIZES AFRICANAS DE BLUMENAU


Com auditório da bloco T da FURB cheio na ultima terça-feira, 20 de abril, foi aberta a 1º Semana das Religiões de Matrizes africanas, entre os participantes estavam sindicalistas, professores, acadêmicos, militantes do Movimento Negro de Santa Catarina e praticantes da fé das religiões de matrizes africanas.
Na ocasião da abertura a ex-vereadora Maria Emília proponente da Lei que institui a Semana das Religiões de Matrizes Áfricas, afirmou que esse era um momento de grande alegria e emoção “hoje ao ver esse auditório lotado percebemos o quanto foi importantes instituir essa semana”. Já Sergio Bernardo Coordenador do Centro de Defesa dos Direitos Humanos aplaudiu a iniciativa do movimento Cisne Negros “Estamos sempre juntos, por que este debate é uma debate sobre a liberdade religiosa, e esse é um Direito Humano”.
Na abertura palestraram o Pai Pepe d’Otolu  e o Babá Edson d’Oxun, também foi apresentado o documentário “Cultura Negra: Identidade e Diferença em Blumenau” de autoria dos professores Carla Fernanda da Silva, Ricardo Machado. Ainda na abertura foi exposto as fotos da matéria Negra Blumenau das jornalista Rafaela Martins e Magali Moser.
O presidente do Movimento Cisne Negro garante que esta é a primeira de muitas outras semanas”incluímos na agenda da cidade as religiões de matrizes africanas, vamos discutir durante todo o ano a Umbanda e o Candomblé e já se preparar para semana de 2011” relata Lenilso Luis da Silva


quarta-feira, 21 de abril de 2010

AMOROSIDADE: LETRA 300 ANOS

Se Zumbi
Guerreiro-guardião
Da Senzala Brasil
Pedisse a coroação
E por direito o cetro do quilombo
Que deixou por aqui
Nossa bandeira era
Ordem, progresso e perdão

É Zumbi
Babá dessa nação
Orixá nacional
Orfeu da Casa Real
Do carnaval do negro
Quilombola da escola daqui
O mestre-sala de Zambi
Na libertação

Parece que eu sou
Zumbi dos Palmares quando sambo
O príncipe herdeiro
Dos quilombos do Brasil
Sou eu, sou eu, Soweto
Livre, Mandela é Zumbi
Que se revive
Exemplo pro céu
De outros países como o meu
Sou eu orgulho de Zumbi

Que vem de Angola e de Luanda
Salve essa nação de Aruanda
Salve a mesa posta de umbanda
Salve esse Brasil-Zumbi
Cnata: Alcione Compositor(es): Paulo Cérsar E Altay Veloso 

PARA REFLETIR

Cotas: Queremos construir um grande ambiente de inclusão, diz ministro


Caso a ação contra as cotas raciais para o ingresso na Universidade de Brasília (UnB) seja vitoriosa no Supremo Tribunal Federal (STF), promoverá um “grande estrago na conquista da população negra do nosso País”, afirmou Elói Ferreira, ministro da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Seppir), em entrevista ao programa Bom Dia, Ministro nesta terça-feira (20).
O ministro destaca que “a política de cotas é para o ingresso e não para a saída da universidade, e os estudantes negros têm obtido um sucesso extraordinário, com aprovação muito boa”. Além disso, afirma, é importante observar que não houve um caso sequer de animosidade entre alunos cotistas e não-cotistas ou com professores e a comunidade acadêmica. “Queremos construir um grande ambiente de inclusão.”
Em março deste ano, foi realizada audiência pública para debater o assunto, com especialistas e representantes da sociedade civil. “Todas as posições foram fartamente demonstradas. As posições contrárias da sociedade civil foram absolutamente minoritárias – o Brasil acolheu a política de cotas, por negros e não-negros”, pontuou Ferreira.
O ministro também falou sobre o ensino de história e cultura da África e das populações negras nas escolas de ensino fundamental e médio que, apesar de ser obrigatório no Brasil desde 2003, não está sendo observado na maioria das escolas brasileiras.
Ferreira atribui essa lentidão ao fato de o Brasil ter apenas 10 mil professores aptos para a matéria. O ministro afirmou ainda que para garantir a implementação da lei, o governo federal formulou o Plano Nacional de Implantação das Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-Raciais e para o ensino de História e Cultura Afro-brasileira e Africana, estabelecendo metas e estratégias, bem como as responsabilidades dos poderes Executivo e Legislativo e dos Conselhos de Educação.
Outro tema abordado durante o programa foi Estatuto da Igualdade Racial, aprovado na Câmara dos Deputados, em 2009.
"Da forma que está, ele deveria ser aprovado no Senado. Está perfeito – não cria constrangimentos nem animosidades e é um diploma de ação afirmativa: é moderno, atual e atrasado há 122 anos, pois a abolição se deu em 1888", afirmou.

segunda-feira, 19 de abril de 2010

CISNE NEGRO PARTICIPA DE CAPACITAÇÃO PROMOVIDA PELA SECRETARIA ESPECIAL DE POLÍTICAS DE PROMOÇÃO DA IGUALDADE RACIAL



No ultimo  16 e 17 de abril foi realizado capacitação dos Conselhos e Entidades ligados a Temáticas e ao Movimento Negro de toda a região sobre a utilização do SINCOV – Sistema Nacional de Convênios.
O curso é oferecido pela SEPPIR – Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial, com o apoio do FIPIR – Fórum Intergovernamental de Promoção da Igualdade Racial. Foi ministrado pelo especialista Giovani Alves Moisés e contou com a presença da Presidente do FIPIR, Maria do Carmo Ferreira da Silva.
A capacitação está sendo realizada em Santa Catarina para que os conselhos e entidades ligados a temáticas aprendam a utilizar o SINCOV, e assim garantir o envio e aprovação pelo Governo Federal de projetos de promoção e igualdade racial. De acordo com Lenilso Luis da Silva, presidente do CISNE NEGRO o Governo Federal da mais um demonstração de compromisso com os movimentos sociais “O Governo do presidente Lula garantiu muitas demandas da população negra, nunca se viu tantos negros nas universidades, nos espaços de decisão e inclusive ministros de estados, agora o governo vem de forma comprometida capacitar as entidades e conselheiros para o SINCOV, uma demonstração de que as políticas do governo Lula não são de governo e sim de estado”

CUFA LANÇA A CAMPANHA “A FAVELA TEM VOZ”


O que os moradores das favelas pensam sobre as tragédias causadas pelas enchentes em todo Brasil nos últimos meses? O que está faltando para esses problemas não se repetirem nas próximas chuvas? O que pode ser feito para melhorar a qualidade de vida dos moradores de favelas, palafitas, periferias, assentamentos, comunidades populares e etc. A CUFA -Central Única das Favelas- quer saber o que eles pensam, quer ouvir a voz da favela, e você quer ouvir?
Com sua participação, uma pesquisa inédita será realizada pela Cufa em parceria com IBPS (Instituto Brasileiro de Pesquisa Social). Usando a entrevista como método e ouvindo 2.000 moradores de todo país, ouvindo o que eles têm a dizer sobre os temas que consideram mais relevantes e urgentes para a construção de uma Agenda Política e Social.

 
A pesquisa será realizada com total transparência, tendo um valor estipulado de R$ 70.000,00 (setenta mil reais). Para garantir a ação, precisamos mobilizar muitos parceiros, uma vez que não desejamos verba pública para que não haja dúvidas sobre o resultado. Ajude-nos a ouvir a voz da favela! Contribua com o mínimo de R$ 5,00 (cinco reais) diretamente na conta do Instituto Brasileiro de Pesquisa Social, e mande sugestões de temas e perguntas para o e-mail pesquisacufa.ibps@cufa.org.br.



Informamos que a pesquisa será iniciada a partir da obtenção do valor integral.

segunda-feira, 12 de abril de 2010

PRESIDENTE DO CISNE NEGRO PARTICIPARÁ DA II CONFERENCIA REGIONAL DE ECONOMIA SOLIDÁRIA


Com o Tema: “O direito às formas de organização econômica baseadas no trabalho associado, na propriedade coletiva, na cooperação e na autogestão, reafirmando a economia solidária como estratégia e política de desenvolvimento.” A II Conferencia Regional de Economia Solidaria acontecerá na próxima terça-feira 13 de abril das 8 às 18 horas, no auditório do bloco T na FURB.
O Presidente do CISNE NEGRO Lenilso participará da atividade “vamos participar por que entendemos que Economia Solidária é um jeito diferente de produzir, vender, comprar e trocar o que é preciso para viver. Sem explorar os outros, sem querer levar vantagem, sem destruir o ambiente. Cooperando, fortalecendo o grupo, cada um pensando no bem de todos e no próprio bem” diz Lenilso.

CISNE NEGRO SE MANIFESTA CONTRARIO AO TOQUE DE RE(A)COLHER



O Movimento Cisne Negro participou da Audiência Publica realizada no último dia 07 de abril na Camara Municipal de Blumenau. A iniciativa da proposta foi do vereador Jovino Cardoso Neto (DEM). A proposta pretende recolher, após as 23 horas, para menores de 18 anos na cidade de Blumenau.
Entendendo que Restringir a liberdade de um indivíduo, partindo do pressuposto de que ele pode cometer uma infração, é uma arbitrariedade e atenta contra a Constituição que prevê a liberdade de ir e vir a todos os cidadãos.  Além do mais, o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) estabelece no seu artigo 106 a privação de liberdade somente ao adolescente que for flagrado no ato da infração. Portanto, essa medida é inconstitucional. O movimento negro protestou e repudio tal iniciativa.
Lenilso Luis da Silva presidente do movimento CISNE NEGRO argumenta que essa medida beira a tentativa do retorno do período militar “O toque de recolher ou acolher é um regresso ao período nefasto da ditadura militar, é um imenso equívoco responsabilizar o adolescente pela incompetência do Estado brasileiro na garantia dos seus direitos fundamentais. submeter os adolescentes ao longo de sua vida: miséria material e espiritual, ambientes insalubres, acesso aos serviços básicos de baixa qualidade como educação e saúde e presença constante da criminalidade. Nessas condições, a surpresa são aqueles que escapam da vida do crime”. Dispara.

CUFA CATARINENSE ELEGE SUAS PRIORIDADES PARA 2010



A Central Única das Favelas – CUFA/SC, se reuniu no ultimo dia 11 de abril para discutir as ações e perspectivas para ano de 2010.
Com mais de 30 jovens de Blumenau, Laguna, Florianópolis e Joinville, a reunião também serviu para fazer um balanço as atividades das bases catarinense.
Thom Gomes coordenador da CUFA Blumenau acha que o encontro foi importante para principalmente planejar as próximas atividades “fizemos muito neste período, mas, temos uma tarefa ainda maior pela frente, novos caminhos estão sendo aberto e nossa organização vai fazer a diferença”. Explica o coordenador.
Como um dos encaminhamentos está ampliar a articulação de parceiros para desenvolver a ações da CUFA.
Lenilso que também é membro da CUFA avaliou positivamente a reunião “ estavam lá a expressão da favela, falando a linguagem da favela com os objetivos da favela, tenho certeza que um novo momento esta para surgi com o esforço de todas as bases da CUFA de Santa Catarina” . relata Lenilso