A data 20 de novembro é um marco para o movimento negro brasileiro. Neste dia, em 1695, morreu Zumbi, líder do Quilombo dos Palmares. Para o presidente do Cisne Negro, Lenilso Luís da Silva, ele foi o maior líder dos afro-descendentes. “Tamanha a sua importância que desde 2003 lembramos a sua morte, que é carregada de simbolismo, reflexão e conscientização das condições deste povo atualmente”, afirmou.
O líder afirmou que a população negra no Brasil sofre um prejuízo social há anos. “São as crianças que morrem três vezes mais que os brancos; as mulheres que tem os menores salários e as piores condições de trabalho; são os jovens que não conseguem concluir o ensino superior; e por aí vai”.
A realidade vem mudando, conforme Lenilso, mas a passos lentos. “A criação da Secretaria de Políticas Públicas de Combate ao Racismo e Promoção da Igualdade Racial é prova disto. Mas, infelizmente, o nosso estado e a cidade não acompanham e respeitam as ações desta secretaria, como a lei que inclui no currículo escolar assuntos acerca da população negra no país”.
Lenilso ressaltou que o movimento fará diversas ações na próxima semana para lembrar a data. “Na segunda, às 19h, vamos nos reunir na FURB; na terça, vamos às escolas; na quarta teremos um encontro com as religiões de matizes africanas; na quinta, conversaremos com os jovens; e na sexta encerramos com uma audiência pública nesta casa sobre a necessária atitude de combate ao racismo”, concluiu.
Nenhum comentário:
Postar um comentário